terça-feira, 12 de agosto de 2014

The Middle Class - Out Of Vogue (1978)

Enquanto não faço meus fanzines e entrevistas, estarei upando alguns álbuns de bandas menos conhecidas, ou menos "badaladas" do cenário hardcore punk (Principalmente americano). Colocarei também alguns sons que fazem falta no youtube. Pra começar ... 


O Primeiro lançamento de hardcore punk. Logo depois vieram os clássicos álbuns do Black Flag e Bad Brains.

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quinta-feira, 17 de julho de 2014

Entrevista Rodrigo Lima (Dead Fish)




Em janeiro desse ano consegui via e-mail uma entrevista com o Rodrigo, vocalista do Dead Fish, para a quarta edição do Zine Manifesto. O zine impresso com a conversa já está rolando por aí há algum tempo, mas agora vocês podem conferi-la aqui no blog. Os assuntos como sempre envolvem política, manifestações e música. Confira!

Entrevista Rodrigo Lima (Dead Fish)
ZM: O Dead Fish está aí há mais de 20 anos, você já consegue analisar toda essa trajetória e ver os frutos de todo esse trabalho, no diy, para as próximas gerações?
Rodrigo: Não é possível prever nada ainda estando envolvido com a banda, teria que parar e ver de longe a coisa toda. Por enquanto temos a percepção que umas três gerações passaram na nossa frente, talvez mais.
Vimos o futuro passando na nossa frente, durante todos estes anos todas as cenas tem prols e contras. A de hoje tem tudo nas mãos mas parece nunca dar muito valor ao que tem, em contrapartida é mais generosa, mais aberta e mais informada.
ZM: Sobre política, você acha que as manifestações de Junho foram um despertar de uma geração, até então, apática? O que isso pode mudar em 2014, ano de agitação política, com copa do mundo e eleições?
Rodrigo: Não foi o despertar de nada, foi um ótimo começo e acho que pode dar em bons desdobramentos a médio prazo.
Temos um terreno e uma oportunidade única de fazer algo diferente do que foi feito nos últimos 514 anos de Brasil mas, não se pode prever nada. O brazuca médio e de qualquer classe é mais refratário e tolera mais do que a maioria dos sulamericanos. Vamos ver no que vai dar.
ZM: A direita pode se aproveitar de todo esse lance de manifestações e desagrado popular, aproveitar a despolitização e conservadorismo brasileiro e jogar mais um Collor, com uma boa retórica, no poder?
Rodrigo: Pode acontecer sim. Eles já se aproveitaram daquela finaleira de manifestações e passaram a insuflar uma patriotada meio boboca, sim...
Eu sinceramente acho que a Dilma leva esta a não ser que algo muito extremo aconteça. Não vejo nenhuma possibilidade de um PSDB paulista/mineiro conseguir algo falando o que fala e fazendo o que faz. Só em São Paulo mesmo que nego consegue gostar destas figuras fascistóides.
ZM: E como você vê o rumo da esquerda atualmente?
Rodrigo: O PT deu uma cagada em algumas diretrizes mas também ajudou a consolidar uma atitude mais de centro esquerda inédita nas políticas do país.
Sinceramente não sou um entusiasta de partidos estabelecidos de esquerda, não consigo mais acreditar no sistema eleitoral e não vejo como se implantar uma mudança substancial para todos por este meio.
Acredito mais nas micropolíticas das pequenas organizações que são mais horizontalizadas e menos inertes. A saída esta ai. Passe-livre, MTST, coletivo verdurada, Fora do Eixo (mesmo recebendo grana do Estado), jornalismo/blogs independentes, Ongs de defesa dos direitos humanos e animais, vegetarianismo, veganismo, blogs de humor, bicicletada, etc, etc...
ZM: Você acha que o hardcore perdeu seu lado politizado e questionador? Ou esse discurso está mais embasado em saudosismos e afins?
Rodrigo: Talvez... É chato este discurso de que em 90 ou em 80 era assim ou assado né? Eu também acho sacal mas, esta molecada que esta aí precisa saber o que se passou pra dar continuidade ou destruir de vez a coisa toda. Não se faz política no meio do punk sentado na frente de um computador ou discutindo em algum fórum, estes são meios.
ZM: Mudando para música e arte agora. Qual foi o disco que marcou sua vida? Existe um que você tenha um apego sentimental? Por que?
Rodrigo: Foram alguns, muitos... O primeiro se chama It takes a nation of million to hold us back do Public Enemy. Ganhei no tempo que o cd era revolucionário e o vinil desaparecia. Lembro de ter ouvido este álbum até ele quase furar... Me lembro da primeira vez que ouvi “California ubber alles” num campeonato de skate também e de ter levado quase dois anos pra conseguir meu primeiro álbum do Dead Kennedys.
ZM: O que você está lendo ultimamente? Quais livro indicaria, especialmente, para o público do dead fish?
Rodrigo: Estou lendo um livro sobre a cena punk/HC da Bay area de São Francisco nos EUA, se chama ”Gimme Something Better” interessantíssimo, conheço mais da metade das bandas que os caras falam ali. Comprei por indicação de um conhecido de lá numa loja de disco em Oakland.
Eu indico autores como Huxley, Hesse, Foucault, Camus, Miller, Marx, Deleuze, Kerouac, Borges, apesar de não ler mais com tanta frequência estes caras mas, são essenciais.
ZM: Já pensou em escrever um livro? Se sim, qual seria o tema??
Rodrigo: Já comecei dois e parei ambos no começo, tenho dificuldade brutal de me sentar e escrever, de estar calmo e centrando. Continuo tentando. Um dia sai. Eu tento escrever coisas mais ficcionais
ZM: E já que isso será publicado num fanzine, qual a grande diferença em relação às publicações de zines nos anos 90 para os dias hoje? E qual a importância de tê-los num mundo cada dia mais digital?
Rodrigo: Eu ainda gosto de ter o papel na mão, mesmo que soe anacrônico. Gosto de voltar ler de novo. Nunca me desfiz de um zine, mesmo que vire uma montoeira de papel num dado momento. Não sei se esta rapeize dá o valor que dou pra edições no papel, e nem sei se tem que dar o valor que dou também. O foda vai ser quando faltar luz pra sempre hahahaha.
ZM: Quais são os planos do dead fish para 2014? Cds, shows, dvds? Conte-nos!
Rodrigo: Quero finalizar o álbum que estamos planejando faz quatro anos mais ou menos. Estou botando minha energia nisso, talvez seja tudo que pense sobre a banda hoje. Depois eu queria fazer um filme ou um documentário, vamos ver...
ZM: Muito obrigado pela oportunidade da entrevista, espero que possa ter sido um canal de diálogo aberto e para finalizar, gostaria que deixasse uma mensagem pra quem ta lendo o zine. Valeu.

Rodrigo: Abraço. Sorte e sossego pra todos vocês ai. Obrigado pela oportunidade. 

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Lojinha Punk: No Future Shop


Em menos de um ano do lançamento do Zine Manifesto, depois de diversas entrevistas com bandas e 03 zines lançados, mudei um pouco o rumo das minhas atividades. Ainda irei lançar novos zines, inclusive, a quarta edição, que estava em produção com uma entrevista concretizada, teve que ser interrompida por diversos fatores como a falta de tempo, a impressora quebrada e tantas outras coisas em que me meti. Uma dessas atividades, a principal, foi aprender a estampar camisetas e trabalhar para a realização de um dos meus velhos sonhos de abrir minha própria loja de camisetas e materiais que me identificam. Desde os dezesseis anos, ou antes, lembro-me de ficar criando e imaginando roupas com mensagens e  idéias que eu concordava. A temática continua a mesma da época: Punk, skate, música. Quase 07 anos depois esse sonho está concretizado e adquirindo consistência, mesmo que em pequenos passos. É isso, a lojinha já está no ar há 1 mês, distribuindo materiais de bandas como o Seek Terror e muita coisa feminista, punk, anarquista.

Descrição

A No Future Shop é uma loja de roupas dedicada às subculturas jovens e toda sua área de interesse como: música, esporte e movimentos sociais. Mais do que compra e venda, a NFS tem a necessidade de PROPAGAR a cultura alternativa, apoiando o punk, rap, reggae, feminismo e todo pensamento à margem do status quo. Nossos produtos não são produzidos em determinados segmentos ou modas, e sim em ideais. Surgimos com base no DIY, apoiamos a livre iniciativa. Acima de tudo faça você mesmo.

Acessem: http://www.nofutureshop.com.br/













sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Entrevista - Josh Making Songs


A entrevista da vez é com o trio curitibano Josh Making Songs, que conheci há pouco tempo, mas me impressionou muito com seu primeiro EP, bem gravado e com qualidade que não perde pra nenhuma banda já consolidada no cenário atual. Se você gosta de Mineral, Embrace, Sunny day real estate e Samian, perceberá na primeira música, ''Travis Bickle'' muito desse lance anos 90. Confira a entrevista abaixo e ouça o Ep completo. 

Primeiramente, gostaria de parabenizar a banda pelo excelente som e também perguntar quando e como a banda se formou?

Guga: Valeu, cara! A banda foi formada no começo de 2012 e começou quando a Dosed, antiga banda minha e do Felipe, acabou. Nós três já nos conhecemos há quase 10 anos e sempre conversávamos sobre fazer música juntos, mas até então ainda não tínhamos feito nada. O Lebenyk (que já tocou no Rosie and Me e fazia músicas sozinho no projeto Lacuna Inc) um dia disse que tinha umas músicas na linha "emão 90" pra trabalhar e marcamos um ensaio pra ver o que rolava. Logo de cara a parada funcionou e estamos com a Josh desde então.

Como foi o processo da gravação do primeiro EP do Josh Making Songs? Quais foram as maiores dificuldades?

Guga: A gente já teve banda antes e já tomou muito na cabeça até aqui, então nossa ideia com a Josh era fazer tudo direitinho, mesmo que levasse mais tempo e saísse mais caro. Exatamente por isso, o processo todo levou uns 9 meses entre pré-produção e lançamento virtual. Se formos colocar na conta também o tempo de composição, vai pra um ano e meio de trampo, e isso que ainda estamos correndo com as cópias físicas. HAHAHA As maiores dificuldades acabam sendo conciliar a banda com a vida adulta (emprego, estudo e as outras obrigações) e, é claro, o lado financeiro, ainda mais dividindo todos os custos apenas entre nós três. Não foi fácil, não foi barato e a gente sabe que não vai haver qualquer retorno financeiro, mas o amor pela música fala mais alto.

Já conseguiram perceber um retorno positivo do publico que ouviu o ep ?

Guga: Sim e isso é muito legal! É o que faz sentir que valeu a pena todo o tempo, dinheiro e suor investidos. Estávamos orgulhosos do EP, mas a gente não esperava um feedback tão positivo e tão rápido.

Logo nos primeiros minutos, vocês já mostram uma sonoridade bem marcada pelo emo anos 90, mas quais foram as bandas que influenciaram diretamente o som de vocês?

Guga: A gente gosta muito do "emo de verdade" dos anos 90 e ele com certeza influenciou muito a gente; Samiam, Jawbreaker, Texas is the Reason, Sunny Day Real Estate, Hot Water Music, Mineral, Weezer, Death Cab For Cutie, Jimmy Eat World, At The Drive-In e por aí vai. Mas temos um apego especial pela música do fim dos anos 80 e do começo da década de 1990, daquela fase do shoegaze, do grunge, do college rock e do começo do emo: Dinosaur Jr., Elliott Smith, Sonic Youth, Fugazi, Pixies, Hüsker Dü, Sugar, The Jesus and Mary Chain, Nirvana, Embrace, Smashing Pumpkins, Seaweed, Radiohead... a lista é gigante. HAHAHA E a gente gosta muito também do "revival" do emo que tá rolando na gringa com Balance and Composure, Title Fight, Make do and Mend, Polar Bear Club e tantas outras.

Quais são os planos da banda ? Pensam em lançar mais algum trabalho a curto prazo?

Guga: Agora nossa ideia é tocar por aí, tanto quanto possível. A prioridade é essa, mas já estamos compondo para um futuro disco/ep/split. Não será nada a curto prazo, mas vai rolar som novo em algum momento do ano que vem sim. No mais, pro EP ainda, lançaremos cópias físicas em novembro e talvez role um clipe no começo de 2014, se os nossos bolsos deixarem. HAHAHA

Espaço para deixar mensagem, links de contato e divulgação.

Guga: Muito obrigado a todos que estão parando pra ouvir, baixando, comentando coisas bacanas, mostrando para os amigos, chamando pra tocar e ajudando de alguma maneira! Quem ainda não conhece o som pode conferir e downloadear no nosso bandcamp (joshmakingsongs.bandcamp.com). Para saber mais sobre a gente e ficar por dentro do que está por vir, curtir a nossa página no Facebook é o canal (http://facebook.com/joshmakingsongs). Valeu!


segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Entrevista - Bankete de Lixo



Mais underground que nunca! O ZM que começou as atividades com o hardcore de Olinda/PE volta agora para região nordeste, exatamente em Parnaíba, cidade litorânea do estado do Piaui, com a banda Bankete de Lixo que toca um som punk bem cru, influenciado pelo punk nacional dos anos 80. A conversa com o vocalista e baixista David de 21 anos pode abrir a mente do pessoal de outras regiões, mostrando que o punk e a atitude DIY pode romper todas as barreiras. Se liga!

Quando a banda começou e qual é a formação ?

A data da banda é dia 14 de agosto de 2011. Bom, a primeira formação oficial era Joyce, (minha namorada) Vocal, Leandro Guitarra, Isaac bateria. Eu entrei bom tempo depois da banda, por conta da minha namorada, sou David e toco Baixo mas devido a uns problemas de saúde, a nossa vocalista teve de se ausentar e agora ficou eu no vocal e baixo.

Da onde surgiu o nome bankete de lixo? Tem haver com a musica do Raul Seixas?

A banda toda é muito fã de Raulzito, e é uma parada bem ligada a crítica social... é uma coisa que aos olhos da sociedade está sendo comum, pessoas vivendo do lixo, passando por necessidades...

Quais são as influencias ?

Bom... as influencias do Bankete de Lixo vem de muitas bandas clássicas nacionais que dão a cara a bater nas letras e o foda-se o sistema, como: Lixomania, Restos de Nada, Calibre 12 e a GRANDE INFLUENCIA é Cólera.

Como você conheceu e teve contato com a cena punk?

Conheci o Punk quando eu tinha uns 14 ou 15 anos, através de uma namorada da época, só que era mais ligado em uma parada mais musical quando comecei a conhecer.

E os projetos em andamento da banda?

Os projetos da banda é mais divulgação como: montagem de Demos e tals. Estamos com 7 músicas de autoria, queremos fechar pelo menos 10 pra terminar a 1ª demo do Bankete de Lixo.

Como você vê a cena punk/rock daí de Parnaiba? Quais outras bandas existem?

Cara, a Cena Punk em Parnaíba já foi muito forte, ai deu uma fraquejada e agora está voltando a tona! e banda tem uma porrada ai, que está muito em fala na cidade: Inseticida (outro projeto meu), Rebordosa, Aneurisma, Mad Society, tem uma banda que é das antigas, mas ainda hoje é muito falada REPROVA BOY. Desculpem as que estou me esquecendo.

E o coletivo grito punk como funciona?

Eu tive a ideia com alguns amigos de fazer voltar o Grito Punk mas sendo agora o Grito Punk Produções pra poder apoiar todas as bandas da cidade do estado e de estados vizinhos. Não pagamos bandas. Os primeiros eventos do GPP está sendo pra arrecadar dinheiro para aumentar o cafofo de ensaio do núcleo onde surgiu o GPP. Nosso 1º evento veio uma banda de Teresina a Vermez Inuteiz, os caras se tornaram muito amigos da galera aqui... pretendem voltar mais vezes, pois a galera curtiu muito o som deles e eles gostaram muito da cena de Parnaíba.

Conta como foi o show punk que aconteceu em frente a câmara municipal de Parnaíba ..

A banda que tocou foi a Inseticida, tocamos em frente a câmara municipal em uma manifestação contra corrupção, usando a própria energia elétrica da Câmara xingando e lutando pelos nosso direitos, falando a verdade na cara dos corruptos vereadores que ali passavam. Giliard nosso vocalista falou algumas belas verdades para os vereadores presentes; "O espaço é cultural! Teatro também é cultura! Então, se algum dos senhores desejar fazer uso da palavra, podem vir 'brincar' de atores aqui também". E como nada consta em relatos antigos, a Banda Inseticida pode se considerar a 1ª banda de punk a protestar na frente da câmara municipal.

Qual o processo pra criação das letras?

O Bankete escreve o que o Brasil vive e o que o Bankete vê.... ensaiamos na periferia da cidade, e lá encontramos de todo tipo de gente; do marginal, a um trabalhador, e todos eles nos repeitam, pois eles ouvem nossos trabalhos, e sabem que não estamos mentindo no que sentimos, e sabem também que não somos utópicos. Tem história do Leandro (guitarra) que trabalha com construção, e em trabalho, ele pegou um lápis e escreveu a música em um papel de cimento pra não esquecer... pra ver o quanto underground é!

Pra finalizar deixe alguns links do seu trabalho...

Alguns videos das nossas musicas: 



segunda-feira, 22 de julho de 2013

Rattus de volta ao Brasil

A clássica banda de Hardcore/Punk Rattus irá fazer uma tour de comemoração dos 35 anos da banda, pouco né? A última vez que eles tiveram por aqui foi em 2007, há 06 anos atrás. Agora a banda irá fazer 12 shows frenéticos de norte a sul do país, incluindo um show no litoral, Itanhaém. Só jesus of punk sabe quando a banda retorna pra tocar por aqui, então é bom garantir sua presença. Vão perder essa punx ?????????
Seguem as datas, sujeitas a alterações, da tour: 
13/09 - TBA
14/09 - Ferraz de Vasconcelos-SP
15/09 - Estúdio Noise Terror - São Paulo-SP
17/09 - Itanhaém-SP
18/09 - Ceilândia-DF
19/09 - Goiânia-GO
20/09 - Jd. Inga-GO
21/09 - Gama-DF
22/09 - Palmas-TO
26/09 - Cidadão do Mundo - São Caetano-SP
27/09 - Rio de Janeiro-RJ
28/09 - Florianópolis-SC

29/09 - Brasília-DF